12/02/2015

O vice-prefeito Guilherme Secchieri (PDT), de Severínia, anunciou oficialmente na manhã desta quinta-feira (12), através do Diário de Olimpia, o rompimento com o prefeito Edwanil de Oliveira, o Nil (PSDC). Ele acompanha o irmão, vereador e ex-presidente da Câmara, Cacá Secchieri (PDT), e o anúncio foi feito quando, em um momento de ‘vingança política’, segundo Guilherme, o prefeito ordena a construção de um canteiro central na Avenida Eujasso Pereira Coutinho, que irá atrapalhar o tráfego no local, dificultando o acesso ao Posto de Combustíveis Severínia, existente há mais de quatro décadas na cidade, sem nenhum planejamento viário, de trânsito e, conforme comprovou o Diário, em flagrante contraste com inúmeras ruas com verdadeiras crateras espalhadas pela cidade. Confira a entrevista em vídeo para o Diário no final desta matéria

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“Não tem sentido construir um canteiro central em uma avenida que não nenhum canteiro em sua extensão e justamente defronte a entrada e saída de caminhões pesados, de transportadoras que circulam também pelas imediações, de nosso estabelecimento”, questiona o vice-prefeito. “Não tem sentido continuar apoiando uma administração que, ao invés de sanar dificuldades extremas financeiras, que atravessaram de um ano para o seguinte, em flagrante desrespeito à Lei de Responsabilidade, de procurar construir uma passarela reclamada por alunos da escola municipal Vitória Cazarini, que a TV Tem (afiliada da TV Globo) veio há sete meses e cobrou da administração municipal; ao invés de tapar buracos, vem construir um canteiro que sequer decorativo será, porque atrapalhará o trânsito de caminhões que adentram à cidade, ao nosso posto, e que não resistirá por muito tempo porque veículos pesados não terá como contornar, podendo destruí-la”, completou Guilherme.

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A reportagem esteve no local onde estava sendo construído o canteiro – inclusive hoje, enquanto o editor registrava a obra, a máquina havia quebrado – e constatou que, de fato, em nenhum trecho da referida avenida tem canteiro. Além disso, flagrou a circulação de caminhões que não tem como não atravessar o meio da avenida para poder contornar o trecho.

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O Diário também esteve nas imediações da escola Vitória Cazarini e viu alunos caminhando no meio da vicinal, perigosamente, já que no acostamento há terra, buracos e barro (principalmente quando chove). Os alunos estão revoltados com o descaso.

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Também circulamos pela cidade, cuja pavimentação está mal conservada, com verdadeiras crateras.

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“Daí, perguntamos: qual a necessidade de um pequeno canteiro atrapalhando a avenida e a entrada e saída do posto exatamente do vice-prefeito?”, questiona Guilherme. “Fácil”, ele mesmo responde, com ar entristecido: “Saímos de porta em porta na campanha eleitoral, porque aqui fazemos esse tipo de campanha, corpo a corpo, e prometemos que não faríamos nenhuma perseguição, nenhuma vingança, e o que o atual prefeito faz hoje? Perseguição, vingança. Por isso, peço perdão, do fundo do coração, para cada eleitor severinense, porque a atual gestão não consegue sequer manter em pé a promessa das 200 casas da CDHU, a conservação da cidade e, agora, a perseguição aos adversários”.

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“Quero fazer uma oposição saudável, com fundamentação nas reclamações dos eleitores, nada pessoal. Minha família todos conhecem, é tradicional da cidade, temos um estabelecimento há mais de 40 anos, é o segundo posto de combustíveis da cidade, não vamos fazer oposição burra para atrasar o desenvolvimento da cidade, muito pelo contrário. Por outro lado, não tive abertura para ajudar a administrar a cidade, não tive espaço”, conclui Guilherme Secchieri ao Diário.

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A ENTREVISTA DO VICE-PREFEITO AO DIÁRIO