03/02/2015

Uma denúncia de improbidade administrativa contra o prefeito Edwanil de Oliveira, o Nil, de Severínia, protocolada e aceita no Ministério Público de Olímpia pelo seu autor, o Engenheiro de Segurança do Trabalho Cássio Roberto Joventino, entrou na pauta de estreia do ano legislativo para a constituição de uma CEI (Comissão Especial de Inquérito), mas foi derrotada por oito e três votos (foto).

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A primeira sessão ordinária de 2015 na Câmara severinense foi marcada por um público calculado em cerca de 300 pessoas. E marcou também a estreia da nova mesa diretora, presidida pelo vereador Denis Correia Moreira (PT do B), o Denão, para o próximo biênio.

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Por ser uma sessão inaugural, o pedido de criação de uma CEI contra o prefeito Nil, com galerias lotadas, não constrangeu oito vereadores que preferiram resguardar o Executivo.

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A DENÚNCIA
Segundo Cássio Rogério Joventino, morador de Severínia há 35 anos, “tomou conhecimento de irregularidades na gestão do prefeito Edwanil de Oliveira e reclama a correção de sua conduta”, a seu ver de improbidade administrativa.

Além de ameaças que teria sofrido, segundo o seu próprio relato, do próprio prefeito e de seu irmão secretário municipal, devido ao fato dele ter participado de um churrasco do desafeto político do prefeito. Entre as ameaças estaria a retomada de uma ambulância municipal leiloada e adquirida por Cassio, marca Fiat, ano 2008/09, arrematada em leilão em março do ano passado.

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Essa ambulância foi arrematada e negociada com o irmão do prefeito Edinei de Oliveira, secretário municipal, e que o veículo seria pago 10% do valor no dia do leilão e o restante seria debitado em duas notas fiscais da empresa Joventino & Joventino. Dessa forma, a ambulância foi entregue no dia 13 setembro do ano passado, após a retirada devidamente autorizada pelo prefeito.

Assim sendo o prefeito de Severínia cumpriu as suas ameaças no dia 5 dezembro às 11h22, quando ele próprio, juntamente com o guarda civil Eberti, com seu carro na mão contrária, fechou a passagem da ambulância Fiat Doblô, placas DBA-7283.

Consta que a técnica de enfermagem Renêe Cassiane Silvestre, que dirigia a ambulância levou um grande susto, ainda mais quando viu o próprio prefeito saltar de seu carro, amparo pelo guarda civil, pedindo para ela entregar as chaves ali mesmo da ambulância. A motorista resistiu, até que cedeu às ameaças e após o recado que Nil teria enviado para Cássio de que, quem manda na cidade é ele, Nil.

Para comprovar a denúncia, o pedido de abertura de CEI veio acompanhada de diversos documentos, tais como edital do referido leilão, abatimento do valor devido à empresa no ato da arrematação, notas fiscais, fotos de que a ambulância foi adquirida e reformada pela empresa, boletim de ocorrência acerca desses fatos, e documentos que comprovam que o prefeito teria cometido a mesma irregularidade com outra empresa, mas, por ter dinheiro a receber da prefeitura teria cedido a ameaças.

Como algumas fotocópias estavam escuras, foi a razão pela qual alguns vereadores se recusaram a votar na abertura da CEI, sendo arquivada por oito a três que votaram a favor: o presidente Denão, e os vereadores Cacá Secchieri (PDT) e Nestor Almeida Sobreiro (PSDB), o Tuzão.

A investigação desse expediente se mantém no Ministério Público de Olímpia.